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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A arte imita a vida ou a vida imita a arte? Uma questão abstrata.

Oscar Wilde
Oscar Wilde dizia que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida. Será verdade?

Tão antigas como a arte, as nossas experiências em querer entender a origem do processo criativo já nos levou a exaustivas pesquisas, na maioria das vezes sem uma resposta definitiva. De onde vem a inspiração?

Em seus estudos no livro “Do espiritual na Arte”, o pintor e músico russo Wassily Kandinsky indica que a arte nasce da espiritualidade. Foi assim que o artista renunciou a representação figurativa tentando encontrar a relação absoluta entre a forma, a cor e o ânimo do contemplador.

Kandinsky


O que acontece conosco quando entramos no jogo dos intricados significados da arte? O que é verdade e o que é ficção?





O poeta e crítico de arte Ferreira Gullar assim se manifestava sobre esta transformação simbólica do mundo:

“A arte é muitas coisas. Uma das coisas que a arte é, parece, é uma transformação simbólica do mundo. Quer dizer: o artista cria um mundo outro – mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata. Naturalmente, este mundo outro que o artista cria ou inventa nasce de sua cultura, de sua experiência de vida, das idéias que ele tem na cabeça, enfim, de sua visão de mundo.”

Parecendo uma inovação dos nossos tempos, o Abstracionismo é uma tendência bastante velha na história da pintura. Abstrair-se das realidades exteriores e voltar-se para suas realidades interiores é uma constante da condição humana. Por isso mesmo, acompanhando a história da pintura, encontramos várias fases abstratas, nas quais o homem substitui as imagens da realidade objetiva por símbolos ou representações de suas realidades subjetivas. A primeira dessas manifestações de abstracionismo ocorreu ainda na Pré-História. Enquanto os pintores da pedra lascada eram figurativos realistas, reproduzindo imagens visuais, os pintores da pedra polida eram geometrizadores das formas visuais e muitas vezes totalmente abstratos – criavam formas geométricas ou não, sem relação direta com as imagens da realidade exterior.

Estudiosos explicam essa completa revolução estilística ou essa interpretação nova do mundo pelas transformações ocorridas na vida do homem pré-histórico, que passou da caça e pesca para a agricultura e pecuária. Passou, também, da crença nos poderes mágicos para a crença nos poderes anímicos. Essa tendência abstratizante percorre todo o Neolítico e vamos encontrá-la ainda nos arcaísmos artísticos dos primeiros povos históricos.




No próximo post vamos falar mais um pouco sobre a evolução do abstracionismo.
Até lá!


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